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MILAGRES

"Geralmente, a religiosidade e a curiosidade popular colocam em evidência os santos pelos seus 'milagres', por isso, recorre-se a eles para buscar graças e favores celestes. A Igreja Católica não considera isso errado, mas recorda que não é o milagre que faz alguém ficar santo. No processo de canonização, verifica-se rigorosamente se a pessoa levou vida santa. Isso é fundamental, pois a Igreja não 'santifica' ninguém, mas apenas reconhece e atesta a santidade de alguém. O milagre entra somente na fase final do processo de canonização e é esperado como graça especial e confirmação divina sobre a santidade de alguma pessoa. De fato, os santos não fazem milagres mas Deus, somente. Dizemos, então, que o milagre é obtido pela intercessão dos santos, e não por um poder que eles próprios têm."
Dom Odilo Scherer
Durante toda sua vida e até hoje, Frei Galvão foi protagonista de centenas de milagres e graças alcançadas. Abaixo, dois desses milagres que foram analizados durante o processo de beatificação e canonização.


Primeiro milagre
Daniela Cristina da Silva, filha de Valdecir da Silva e Jacyra Francisco da Silva, era uma criança de 4 anos, residente na Vila Brasilândia, na cidade de São Paulo. Daniela, desde o seu nascimento em 9 de março de 1986, havia sido sempre uma criança de saúde delicada. Em 1990, por causa de complicações bronco-pulmonares, foi internada no Hospital do SESI em São Paulo.
Com alta hospitalar, retornou para casa, mas logo depois começou a apresentar sonolência e crises convulsivas, sendo encaminhada pelo pediatra para o Hospital Emílio Ribas com suspeita de meningite ou hepatite, na noite de 24 de maio de 1990. Foi imediatamente levada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com quadro clínico instável e convulsões. Com diagnóstico de "insuficiência hepática fulminante", sofreu ainda parada cardiorrespiratória que evoluiu com epistaxe, sangramento gengival, hematúria, ascite, progressivo aumento da circunferência abdominal, broncopneumonia, parotidite bilateral, faringite, além de dois episódios de infecção hospitalar.
Daniela permaneceu na U.T.I. por 13 dias (25 de maio a 7 de junho de 1990) praticamente desenganada pelos médicos. No fim desse período, teve uma parada cardio-respiratória e quase morreu. Segundo sua mãe, os médicos haviam lhe dito "Você sabe rezar? Então reze, porque só um milagre pode salvá-la". E foi justamente isso que ela fez, apelando para Frei Galvão e, inclusive, levando para a UTI, escondidas das enfermeiras, as pílulas de Frei Galvão, ministrando-as a Daniela.
Aí a cura aconteceu, de forma rápida e sem nenhuma explicação científica, por intercessão de Frei Galvão. Em pouco tempo, foi transferida para a Pediatria e, finalmente, recebeu alta hospitalar, no dia 21 de junho de 1990, "considerada curada".
Acompanhada ambulatorialmente nunca apresentou alguma recaída. Em 1995, o pediatra que acompanha a menina desde o nascimento atestou: "a menor foi examinada por mim nesta data (4 de agosto de 1995), estando a mesma em perfeitas condições de saúde física e mental".
O mesmo pediatra, perante o Tribunal Eclesiástico, afirmou a respeito da cura de Daniela "eu atribuo à intervenção divina, não só a cura da doença, mas a recuperação total dela". A intervenção de Deus foi pedida pelos pais, parentes, amigos, vizinhos, religiosas do Mosteiro da Luz, que unidos numa só prece invocaram com muita fé a intercessão de Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, dando à menina água e as pílulas de Frei Galvão. Seus pais estavam tão convictos da intercessão do Santo que, ao receber alta do Hospital Emílio Ribas levaram Daniela diretamente ao túmulo de Frei Galvão no Mosteiro da Luz para agradecer a graça alcançada.
 
Segundo milagre
Sandra Grossi de Almeida e seu filho Enzo de Almeida Gallafassi, que atualmente moram em Brasília, corriam risco de vida. Sandra tinha dificuldade para engravidar por causa de um problema no útero, que lhe provocou três abortos espontâneos entre 1993 e 1994, de acordo com o relatório apresentado por irmã Célia aos examinadores da Congregação da Causa dos Santos, no Vaticano.
 "Ela tinha útero bicorne, com duas cavidades de dimensões muito pequenas e assimétricas,
como se fosse uma parede.
Com tal formação, não corrigida cirurgicamente, era impossível levar a termo qualquer gravidez, pois o feto não tinha espaço suficiente para crescer e se formar". Nesta situação, Sandra voltou a ficar grávida em 1999. Em agosto, sua ginecologista, Dra. Vera Lucia Delascio Lopes, fez uma "cerclagem cervical" preventiva, para evitar o fim de outra gravidez. A gravidez era julgada de altíssimo risco - o parto seria muito prematuro e, além disso, úteros malformados podem provocar sangramentos maiores.
Apesar de o prognóstico médico ser de provável interrupção da gravidez, ou de que ela atingisse no máximo o 5¬∞ mês, a gestação evoluiu normalmente até a 32¬∞ semana. Neste período, Sandra fez repouso absoluto de junho a novembro de 1999, internada na maternidade Pro Matre de São Paulo. O parto cesariano foi realizado no dia 11 de dezembro, depois da ruptura da bolsa e perda do líquido amniótico. Não houve, entretanto, complicações.
A criança nasceu pesando quase dois quilos e medindo 42 cm. Apresentava problemas respiratórios, com doença das "membranas hialinas", classificada como sendo de 4¬∞ grau, isto é, o mais grave, o que colocava em risco sua vida. "O quadro teve uma evolução muito rápida e a criança foi entubada no dia 12, recebendo alta no dia 19 de dezembro", diz o relatorio da postuladora que acompanhou o caso do Frei Galvão.
Especialistas médicos e teólogos consultados durante o processo de canonização de Frei Galvão disseram que o sucesso do caso, considerado raro, deve ser atribuído à intervenção do santo brasileiro. "Desde o início e durante toda a gravidez, ele foi invocado pela família com muita oração e por Sandra que, além de fazer novenas, tomou as 'pílulas de frei Galvão'", afirma a irmã Célia Diadorin, postuladora do processo de canonização.
A opinião de que o nascimento de Enzo aconteceu por milagre é compartilhada pela obstetra Vera Lúcia Delascio Lopes, que cuidou do parto de Enzo no Hospital Pro Mater em São Paulo. "Houve algo a mais que somente medicina", asseverou a médica.
Fonte: freigalvao.org.br

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